segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Em manhã de muita emoção Cantor da Ex-Jovem Guarda fala como Deus mudou sua vida

Luiz Carlos Clay foi um cantor famoso da Jovem Guarda. Experimentou a fama, a fortuna, mas também o alcoolismo que fez com que perdesse tudo, inclusive sua família que passou a sentir vergonha dele. Converteu-se e participa por ano de cerca de 780 jantares da Adhonep (Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno) dando seu testemunho. É presidente do Capítulo 550 de Niterói (RJ). Tem viajado pela América do Sul, Europa e África. Em um dos recentes jantares promovidos pela Adhonep,



Como iniciou seu processo de conversão?

Luiz Carlos: No aniversário de um amigo vi um homem que falava pra ele sobre a importância de Deus dentro de uma casa e o que significava uma família, mulher e um lar cristãos. Tudo o que dizia não passava para mim de utopia; era perfeito demais para a minha realidade. Então aquele homem me disse: “Deus tem um plano para a sua vida.” Pensei: “Plano? Estou todo quebrado. Meu filho se tornou um delinqüente, minha caçula teve a primeira convulsão cerebral e se tornou epilética e a mais velha se transformou numa inimiga acirrada.” Ele me convidou para ir assistir reuniões na comunidade dele aos domingos. Não fui, mas passei a deixar meus filhos na igreja, pedindo ao Júnior (meu filho) que levasse a mais velha, que não falava mais comigo. Nessa época tinha voltado a Recife. Depois fiz um show e com o cachê voltei ao Rio de Janeiro ver meu pai, que era comunista, disciplinador, um homem de quem tinha orgulho de ser filho. Quando cheguei a Niterói mamãe me esperava e disse que estava orando por mim. Não entendi nada, porque ela nunca fora mulher de oração. Surpreendi meu pai de joelhos, com a Bíblia na mão, orando e chorando muito, o que me deixou estarrecido, pois jamais o vira chorar nem falar de Deus. Ele começou a me falar de Jesus e disse que Deus tinha um plano para a minha vida. Lembrei-me do homem, que me falara sobre isso. O ouvi orar de noite com a minha mãe e comecei a prestar atenção àquelas orações. Ao contemplar aquela cena compreendi que algo maravilhoso realmente acontecera na vida do meu pai. E se acontecera na dele, por que não poderia acontecer na minha?

Então foi aí que se converteu?

Luiz Carlos: Ainda não, mas Deus colocou na minha vida a chance de ser feliz. Tentei recomeçar tudo. Conheci a Raquel, uma mulher séria e cristã, que começou a me falar de Jesus e a orar junto com meu pai. Nesse meio tempo o Vladimir, meu irmão mais velho, que mora em Ribeirão Preto – ele sabia que eu estava desempregado – me ligou dizendo que me conseguira um emprego numa rádio local. Passados oito anos recebi um telefonema de Recife. Até ali eu só sabia dos meus filhos pelas pessoas que me contavam as novidades, nunca por eles mesmos - foi quando o Júnior ligou no programa e disse ao vivo: “Papai, eu queria que o senhor viesse cantar no meu casamento. Vou lhe mandar uma fita; o senhor aprende as músicas e canta para mim”. E antes de desligar o telefone ele me fez o grande pedido; é aí que eu digo que a ficha caiu... Meu filho, que eu deixara praticamente rebelde, violento, brigando muito, me liga e pede: “Pai, eu queria que o senhor me desse o maior presente para o meu casamento: não beba!” No casamento, no momento em que estou cantando, quando o Júnior ia entrando na igreja, iam à frente minhas filhas. A Camila fez oração segurando na minha mão. Se meus filhos eram cristãos, por que eu não tinha esse Jesus? Na hora em que estava cantando eu entreguei a minha vida a Deus, a Jesus Cristo. Eu nunca mais bebi! Deus restaurou a minha vida. Meus filhos estão bem sucedidos e a Camila foi curada. Foi nesse dia que comecei a viver. Hoje temos um relacionamento formidável.

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