quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dia 08 de novembro na I igreja Batista Em Santa Cruz do Capibaribe 9:00 h manhã testemunho com: LUIZ CARLOS CLAY


A Jovem Guarda (1965-68) não se restringiu
a Roberto, Erasmo e Wanderléa. Esse trio genial era quem apresentava
o mitológico programa das tardes de domingo da TV Record, mas
existiam outros cantores, cantoras e conjuntos que também faziam
parte do movimento.
São artistas que tiveram um importante
sucesso comercial no desenvolvimento da indústria fonográfica
brasileira, que logo depois os esqueceu de forma rápida. Um desses
cantores é Luiz Carlos Clay.
o cantor foi um dos grandes nomes do período.
Irmão da cantora Kátia Cilene (que estourou em 67 com
“Bilhetinho Apaixonado”), o grande artista iniciou sua carreira
artística ao ser descoberto por um produtor da TV Jornal do Commercio
de Recife, sua terra natal.
Lançado pela grande gravadora daquele momento, a CBS de sua irmã Kátia
e que detinha em seu cast nomes como Roberto Carlos, Wanderléa,
Renato e Seus Blue Caps entre outros. Foi lá que Clay lançou
seu primeiro compacto em maio de 1966. “Uma
Casa Sobre o Mundo”. Essa segunda estourou nas paradas na voz
de Clay, vendendo quase a metade do compacto de “Like A Rolling
Stone” que Bob Dylan havia lançado na mesma época.
O sucesso foi tanto que “Uma Casa Sobre o Mundo” se tornou
o maior de toda a carreira do cantor pernambucano.
do jovem cantor passaram a fazer parte da coletânea “As
14 Mais” onde também eram lançadas músicas
de diversos artistas da CBS, entre eles o rei Roberto Carlos. Após
passar a febre da Jovem Guarda, Clay foi contratado pelo apresentador
Sílvio Santos para fazer parte do programa “Os Galãs
Cantam e Dançam” ao lado de cantores também oriundos
do movimento jovem como Antônio Marcos, Ed Carlos, Paulo Sérgio,
Wanderley Cardoso, entre outros.O cantor
participou ainda do primeiro filme do diretor Carlos Reichenbach: “Corrida
Em Busca do Amor” de 1971. Produzido na Boca do Lixo paulistana
pelo mitológico produtor Renato Grecchi, era pra ser mais um
filme de aventuras de garotos, garotas e corridas. Mas Reichenbach já
demonstrava seu extremo talento e pode realizar um filme extremamente
inteligente e engraçado. Clay foi um dos galãs da fita
ao lado do também cantor Dick Danello (que cantava músicas
italianas e também relacionado indiretamente a Jovem Guarda)
e do astro mato-grossense David Cardoso. LCC ainda participou como ator
já nos anos 80 da novela do SBT “Anjo Maldito”.
Com o programa de TV e sendo ator em filmes, Clay acabou se afastando
um pouco das gravadoras. Já que nos shows, o contratante chamava
todos os cantores do programa de TV e não somente o cantor de
“Uma Casa Sobre o Mundo”.

O cantor pernambucano acabou mudando de gravadora, passando depois para
a Odeon e finalmente pela nacional Copacabana. Foi nela, que no fim
dos anos 70 o cantor gravou seu único álbum.
Gravado em 1976, saído pela submarca Som da carioca Copacabana.
O único trabalho que Luiz Carlos Clay entregou ao mercado fonográfico
brasileiro é um dos discos mais representativos de artistas jovem-guardistas
em um momento após o movimento. Arranjado pelos maestros Waldemiro
Lemke e José Paulo Moraes, o disco é absolutamente genial
e provocador.
Fica latente o gigantesco talento do cantor pernambucano para a música
romântica. A primeira faixa “Vem” da compositora Cleide
(que depois faria carreira compondo para Reginaldo Rossi) segue essa
receita, que vai se ampliando nas faixas seguintes, chegando a obras-primas
como “A Vida É Assim” e “Volta Pra Mim Amor”.
A segunda chegou a ser finalista do XVI Festival da Canção
de Viña Del Mar, no Chile.

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